Os últimos dias de setembro tornaram-se simbólicos para duas equipas que seguiram caminhos completamente diferentes. As Valve Regional Standings (VRS) — o barómetro chave para a qualificação ao Campeonato Mundial de CS2 — mais uma vez separaram os vencedores dos derrotados. Enquanto o Inner Circle conseguiu um dos saltos mais notáveis da sua história, o OG perdeu efetivamente a sua oportunidade de chegar ao Major, terminando o torneio em Riga sem uma única vitória.
Inner Circle: um avanço histórico para o Top 35 mundial
Uma equipa que até recentemente permanecia fora dos holofotes provou que podia competir até mesmo na ESL Pro League. Três vitórias na fase de grupos da EPL deram ao Inner Circle não apenas confiança nas suas capacidades, mas também um verdadeiro bónus na forma de 133 pontos líquidos de VRS.
- Em 27 de setembro, a equipa ocupava o 44.º lugar no ranking da Valve, com 1170 pontos.
- Em 30 de setembro, o Inner Circle já tinha subido para o 35.º lugar mundial, com 1303 pontos.
No total, conquistaram 235 pontos, mas devido ao sistema de correlação e à expiração de resultados mais antigos, apenas +133 permaneceram. Mesmo assim, esse resultado revelou-se decisivo: pela primeira vez na história da organização, a equipa entrou no Top 35 global.
O que torna esta conquista ainda mais impressionante é o facto de o plantel ainda se encontrar numa fase sem ganhos significativos em prémios. O seu sucesso é, portanto, um resultado puramente desportivo, não sustentado por apoio financeiro estável nem por vasta experiência em LAN. Isto sublinha ainda mais o potencial do Inner Circle e a sua prontidão para se tornar a próxima equipa revelação da cena.
OG: uma queda acentuada num momento crucial

Se a história do Inner Circle parece um conto de fadas, a última semana de setembro foi um verdadeiro desastre para o OG. No Urban Riga Open Season 1, a equipa apresentou talvez uma das suas piores atuações da temporada. Saindo com apenas uma vitória, abandonaram praticamente a corrida para o Major.
Os resultados em Riga falam por si:
- OG 14:16 BIG
- OG 13:9 Alliance
- OG 2:13 MOUZ NXT
Esta campanha causou um golpe não só no seu ranking, mas também no moral da equipa. Com apenas o Frag Blocktober 2025 pela frente, as suas hipóteses agora parecem mínimas. Os analistas já comparam a situação do OG à do Fnatic: uma chance teórica ainda existe, mas é mais matemática do que realista.
Uma história de dois destinos
O que aconteceu com Inner Circle e OG no mesmo período ilustra de forma clara as regras duras do CS2 moderno. Nos VRS, cada partida conta, e por vezes uma única série pode elevar uma equipa ao topo mundial ou enterrar por completo os seus sonhos.
- O Inner Circle provou em apenas alguns dias que até os estreantes podem subir ao topo se mostrarem estabilidade e caráter.
- O OG, por outro lado, demonstrou mais uma vez que história e reputação não são suficientes — sem resultados em LAN, os rankings desmoronam implacavelmente.
O que vem a seguir?
Ainda restam alguns torneios-chave antes do Major. Para o Inner Circle, a tarefa agora é consolidar o seu avanço e manter o progresso, já que um lugar no Top 35 abre novas oportunidades. O OG, por sua vez, precisa encarar a realidade: a sua campanha de qualificação está a chegar ao fim, e o seu principal desafio agora parece ser reconstruir-se e procurar uma nova filosofia de jogo.