A equipe brasileira FURIA fez história ao conquistar o título de campeã do IEM Chengdu 2025. Na grande final, o time liderado por FalleN desmontou os favoritos europeus da Vitality por 3–0 — 13–11 em Ancient, 13–10 em Inferno e 13–11 em Overpass — provando que uma nova era brasileira no CS2 realmente começou.
Caminho até a Grande Final
A FURIA teve uma campanha impecável durante o torneio, mais uma vez mostrando seu estilo estruturado, agressivo e equilibrado. Os brasileiros venceram Lynn Vision (2–0), G2 (2–0), The MongolZ (2–0) e Falcons (2–0), dominando os adversários não apenas pela habilidade individual, mas também por uma estratégia superior.
Graças à liderança de FalleN — agora mais calmo e analítico do que nunca — o time encontrou o equilíbrio perfeito entre disciplina e liberdade criativa.
Os principais destaques, YEKINDAR, molodoy, yuurih e KSCERATO, apresentaram algumas das melhores atuações de suas carreiras, figurando constantemente entre os melhores jogadores do evento.
Enquanto isso, a Vitality também teve um percurso impressionante: após vitórias sólidas sobre Virtus.pro (2–1), G2 (2–0), Astralis (2–1) e MOUZ (2–1), as “abelhas” pareciam prontas para levantar mais um grande troféu.
ZywOo estava em forma espetacular, ropz trouxe consistência, e flameZ junto com mezii reforçaram a profundidade ofensiva da equipe. Mas na grande final, tudo desmoronou — e começou já no primeiro mapa.
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A Partida: a aposta estratégica da Vitality, o controle total da FURIA

- Ancient — O risco que arruinou tudo (13–11, FURIA)
A Vitality surpreendeu a todos ao escolher Ancient, um mapa que não jogava há mais de três meses. Ficou claro que eles queriam testá-lo antes do StarLadder Major Budapest 2025, mas o experimento deu terrivelmente errado.
A FURIA parecia imparável: molodoy controlou o bombsite A com perfeição, FalleN dirigiu as rotações com precisão cirúrgica e YEKINDAR venceu todos os duelos cruciais.
ZywOo tentou manter a Vitality viva (52–49, rating 1.14), mas já era tarde — 13–11, e a FURIA saiu na frente na série.
- Inferno — Calma contra caos (13–10, FURIA)
No seu próprio mapa, a Vitality começou com mais confiança, mas a FURIA rapidamente neutralizou o ritmo. yuurih se tornou o motor do time — 57–41 K–D, 81.7 ADR, rating 1.21 — dominando os rounds decisivos e superando flameZ e ropz em situações de clutch.
FalleN mais uma vez demonstrou um senso de jogo de elite, enquanto KSCERATO atuou como o “herói silencioso”, garantindo todos os pós-plant. A Vitality não encontrou respostas para a agressão estruturada da FURIA.
- Overpass — A declaração final (13–11, FURIA)
No mapa decisivo, a Vitality confiou no brilho individual de ZywOo e flameZ, mas a FURIA funcionou como uma máquina perfeitamente sincronizada. YEKINDAR, o MVP da partida, venceu múltiplos rounds decisivos e liderou o placar com 94.6 ADR e rating de 1.26. Os rounds finais foram uma aula de frieza e controle — as chamadas calmas de FalleN, a precisão cirúrgica de yuurih e a união da equipe selaram o 3–0.
Estatísticas dos Jogadores

Jogador da Partida — Mareks “YEKINDAR” Gaļinskis

- K–D: 53–51
- ADR: 94.6
- KAST: 76.1%
- Rating 3.0: 1.26
YEKINDAR foi o coração e a força motriz da FURIA — agressivo, calculado e taticamente consciente. Sua atuação em Ancient e Overpass foi uma verdadeira aula de entry fragging moderno.
Impacto no Valve Regional Standings (VRS)
- FURIA: +6 pts → 1975 → 1981 pts (#1 Mundial)
- Vitality: –26 pts → 1963 → 1937 pts (#2)
Esta vitória não apenas coroou a FURIA como campeã do IEM Chengdu 2025, mas também consolidou sua posição no topo do ranking mundial Valve Regional Standings, ultrapassando a Vitality a poucas semanas do StarLadder Major Budapest 2025.
Análise: Por que a FURIA venceu e a Vitality fracassou

FURIA — Uma máquina sistêmica com coração brasileiro
A FURIA se tornou a combinação perfeita entre paixão e precisão. FalleN construiu uma equipe em que:
- YEKINDAR dita o ritmo e cria espaço,
- yuurih e KSCERATO trazem estabilidade,
- molodoy executa a agressão sem caos,
- e FalleN orquestra tudo com três passos de antecedência.
A vitória não foi acaso — é o resultado de meses de refinamento, unindo energia emocional e inteligência tática.
Vitality — Um risco estratégico antes do Major
A queda da Vitality não foi causada por falhas mecânicas, mas por uma aposta tática. A escolha de Ancient — um mapa ausente do seu pool oficial há três meses — foi um experimento perigoso.
É evidente que apEX e a comissão técnica queriam testá-lo antes do Major, mas fazê-lo em uma grande final foi um erro fatal. Apesar da boa forma de ZywOo e dos esforços de flameZ, a Vitality não teve estrutura para enfrentar o sistema bem azeitado da FURIA.
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O Novo Campeão: Começa a Era da FURIA
A FURIA encerra oficialmente o torneio como o melhor time do mundo. Seu triunfo no IEM Chengdu não é apenas mais um título — simboliza uma mudança geracional no Counter-Strike.
A escola brasileira, modernizada por FalleN e aprimorada com a precisão europeia, redefiniu o conceito de jogo coletivo perfeito.
A Vitality continua sendo uma adversária à altura, mas desta vez, a estrutura brasileira superou a disciplina europeia.

