O BLAST Open London 2025 começa para a MOUZ com uma sensação que a equipe não experimentava há muito tempo. Após uma sequência de dolorosas derrotas em finais, a ausência de grandes troféus e a forte concorrência de Spirit e Vitality, este torneio pode se tornar um ponto de virada simbólico. E não apenas por causa de uma chave favorável ou das circunstâncias dos rivais, mas também pela transformação interna do elenco, algo destacado pelo próprio Ádám “torzsi” Torzsás.
Um sopro de ar fresco após meses exaustivos

A Esports World Cup, onde a MOUZ perdeu sua série de colocações consecutivas entre os quatro primeiros, acabou sendo tanto um fracasso quanto um presente. Um fracasso, porque interrompeu quase um ano de consistência da equipe. Um presente, porque lhes deu tempo para respirar. Voltar para casa após viagens e torneios desgastantes foi a chave:
Sentimos novamente energia e criatividade, admite torzsi.
E é precisamente essa energia que pode ter faltado nas finais de Colônia, Dallas ou Riade, onde à MOUZ faltou apenas o último impulso para se tornar campeã.
Spirit e MongolZ ausentes — portas escancaradas
A situação em Londres é única: Spirit, com o fenomenal donk, e The MongolZ, a equipe revelação da temporada, estão ausentes. Isso significa que o caminho para o troféu foi liberado de dois dos adversários mais perigosos. Como resultado, a principal ameaça continua sendo a Vitality — uma equipe que já não parece tão impecável como nos primeiros meses do ano.
Eles ainda são muito fortes, mas não são a mesma Vitality dos últimos sete meses, afirma torzsi sem rodeios.
Isso não é apenas confiança — é a afirmação de uma mudança no equilíbrio de forças.
M80: um teste de disciplina

No entanto, para conquistar a tão esperada chance de uma revanche contra a Vitality na semifinal, a MOUZ precisa primeiro superar a M80. A equipe americana é o típico “azarão”: sem grandes expectativas, mas com fome e vontade de fazer barulho. São exatamente esses jogos que muitas vezes se tornam armadilhas para os favoritos. Se a MOUZ quiser provar sua maturidade, precisa entrar no palco completamente focada — sem qualquer sinal de subestimação ou complacência. Em muitos aspectos, esta partida é o verdadeiro teste: pode uma equipe que tropeçou várias vezes no último obstáculo manter a calma à medida que a pressão aumenta?
Um novo líder e uma nova identidade
A maior mudança para a MOUZ neste ano é Brollan assumindo o papel de capitão. Oito meses atrás, sua experiência como IGL parecia uma aposta, mas agora torzsi admite abertamente: a equipe já vive das chamadas de Brollan e das ideias do técnico sycrone.
Quase não jogamos mais segundo os antigos esquemas do siuhy, é tudo do treinador ou do Brollan.
Isso cria uma nova identidade para a MOUZ: mais agressiva, flexível e tática. Brollan ainda está aprendendo, mas já “controla muito bem a equipe.” Se essa tendência continuar, a MOUZ ganhará não apenas um impulso de curto prazo, mas também uma base para estabilidade sistêmica nos próximos anos.
Ancient: uma carta armadilha para os adversários

As estatísticas podem enganar. Ancient parece ser um ponto fraco para a MOUZ (1-6), mas a realidade é diferente: três derrotas para a Spirit com placares de 13-11 e 16-14 não são fracassos, mas sim detalhes decididos por margens mínimas. A vitória sobre a G2 mostrou que esse mapa ainda é viável. Se os adversários tratarem Ancient como uma escolha fácil contra a MOUZ, correm o risco de cair na armadilha.
O momento da verdade
Londres é o torneio que definirá quem realmente é a MOUZ. Se mais uma vez caírem na velha história de serem “quase campeões”, será o golpe mais doloroso em sua imagem em anos. Mas se aproveitarem a oportunidade — derrotarem a M80, desafiarem a Vitality e provarem que a pausa realmente trouxe nova qualidade — isso poderá ser o ponto de partida para uma nova era.
Um troféu em Londres significaria muito mais do que apenas uma taça. Seria a prova de que a MOUZ pode vencer não apenas séries de top 4, mas também finais. Seria a quebra da maldição de quatro finais perdidas. Seria um sinal para a cena: “Não somos mais apenas candidatos, somos campeões.”