A Natus Vincere avançou para as meias-finais do StarLadder Budapest Major 2025 após derrotar a FURIA por 2–1 numa intensa série dos quartos de final. Os brasileiros venceram Mirage com confiança, mas a NAVI adaptou-se rapidamente, empatou a série em Inferno e fechou o mapa decisivo em Train sem dar qualquer hipótese ao adversário. A dependência da FURIA no ritmo elevado e na pura força de fogo não resistiu a uma série Bo3 — a estrutura e a disciplina da NAVI acabaram por ser decisivas.
Percursos na fase de grupos — progresso versus inconsistência

A NAVI chegou aos play-offs sem uma aura de domínio absoluto, mas com uma clara sensação de melhoria constante. A Fase 3 tornou-se um período de afinação de papéis, ritmo de jogo e tomada de decisões nas rondas finais. O seu percurso na fase de grupos foi o seguinte:
- derrota inicial frente à FURIA;
- vitória controlada sobre a PARIVISION — estrutura acima do caos;
- derrota contra a Vitality — dolorosa, mas instrutiva;
- vitórias convincentes frente à B8 e à paiN — coesão crescente;
- qualificação para os play-offs com um sentimento de estabilidade.
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Nos quartos de final, a NAVI apresentava-se confiante e preparada para séries longas e exigentes.
A FURIA, por sua vez, chegou aos play-offs graças à agressividade e a uma forte forma individual. Numa fase inicial, o seu estilo sufocou os adversários, mas em séries mais longas começaram a surgir fragilidades. O seu caminho até aos play-offs incluiu:
- vitórias convincentes sobre a Imperial e a NAVI — um arranque poderoso;
- boas exibições individuais a meio da fase;
- problemas recorrentes em séries Bo3 mais estruturadas.
A FURIA chegou aos quartos de final perigosa, mas excessivamente dependente do ritmo.
Mirage — 13:5. NAVI desmonta imediatamente o plano de jogo da FURIA
A série abriu com total controlo da Natus Vincere em Mirage. A NAVI impôs um ritmo implacável desde o início, anulando todas as zonas-chave do mapa. A FURIA tentou apoiar-se em jogadas individuais e decisões rápidas, mas a defesa disciplinada da NAVI neutralizou sistematicamente essas tentativas.
A NAVI foi particularmente dominante no controlo do meio, o que lhes permitiu ler rotações e forçar trocas favoráveis. Só a primeira parte praticamente decidiu o resultado — a FURIA nunca encontrou uma forma estável de entrar nas rondas.
Inferno — 13:16. FURIA empata a série através do ritmo

Em Inferno, a iniciativa passou para a FURIA. A equipa brasileira aumentou significativamente o ritmo, forçando a NAVI a jogar de forma reativa. Entradas agressivas e um uso eficaz das granadas desestabilizaram gradualmente a defesa da NAVI.
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A NAVI teve oportunidades para fechar o mapa no tempo regulamentar, mas nas rondas decisivas a FURIA venceu os duelos-chave com maior eficácia, levando a série para o mapa decisivo. Inferno foi o único mapa em que a FURIA conseguiu impor o seu estilo e punir alguns erros de timing da NAVI.
Train — 13:3. NAVI fecha a série sem piedade
O mapa decisivo tornou-se uma demonstração clara da classe da NAVI. Em Train, a equipa mostrou-se totalmente composta e implacável, neutralizando por completo os pontos fortes da FURIA. A defesa da NAVI foi quase perfeita: rotações rápidas, trocas no tempo certo e controlo absoluto das posições-chave, deixando a FURIA sem espaço para manobrar.
A FURIA perdeu cedo a economia e não conseguiu recuperar, mesmo em situações favoráveis. Train foi a resposta categórica da NAVI à derrota em Inferno — um final confiante, estruturado e sem concessões.
Estatísticas dos jogadores

Match MVP — Drin “makazze” Shaqiri
- 1.40 rating
- 93.2 ADR
- +4.12% swing
- 77.8% KAST
makazze apresentou uma exibição extremamente madura, vencendo consistentemente trocas cruciais e oferecendo à NAVI fiabilidade nos momentos mais importantes das rondas.
Jogo coletivo — adaptação da NAVI vs. perda de ritmo da FURIA

A NAVI demonstrou uma abordagem madura e flexível. Após a derrota em Inferno, a equipa ajustou-se rapidamente, melhorou o controlo do mapa e puniu cada excesso de agressividade da FURIA. A FURIA, por outro lado, perdeu eficácia quando a pressão inicial deixou de resultar. Os lampejos individuais de KSCERATO e FalleN não conseguiram compensar o colapso estrutural da equipa.
Alterações no VRS
- Natus Vincere: +45 pts (#6 → #6) — um impulso importante na sua posição
- FURIA: –21 pts (#1 → #1) — um golpe doloroso sem perder o topo
NAVI seguem em frente, FURIA sai com dúvidas
A Natus Vincere avança para as meias-finais, provando a sua capacidade de vencer séries difíceis através da adaptação e da compostura. A equipa parece cada vez mais perigosa à medida que o Major entra na sua fase decisiva. A FURIA despede-se do Major com desilusão. O poder de fogo e o potencial continuam elevados, mas a falta de estabilidade e de adaptação frente a adversários de elite, bem estruturados, voltou a ser fatal.
Skin.Club Pick’em Challenge
A decorrer em paralelo com o StarLadder Budapest Major 2025 está o Skin.Club Pick’em Challenge— uma funcionalidade interativa onde os fãs preveem resultados, escolhem as equipas que avançam e acumulam pontos ao longo do torneio. As previsões corretas desbloqueiam recompensas que vão desde skins premium a luvas e facas raras, sendo o prémio máximo o icónico AWP | Dragon Lore.
