A semifinal do BLAST Open London 2025 entregou uma das séries mais aguardadas de todo o torneio — um confronto entre a FURIA do Brasil e a G2 Esports da Europa. As duas equipes chegaram em grande forma: a FURIA, após uma vitória convincente sobre a MOUZ, sonhava com sua primeira grande final em anos, enquanto a G2 buscava provar que sua formação renovada com HeavyGod e SunPayus poderia triunfar mesmo nas séries mais difíceis. Mas em vez de uma batalha dramática, os fãs testemunharam uma dominação absoluta dos “Samurais”, que desmontaram os adversários por 2:0 e avançaram com confiança para a grande final.
Linha do tempo da partida
- Inferno (13:5, escolha da G2)
A G2 mostrou de imediato quem mandava no servidor. A escolha de Inferno foi o início perfeito: uma defesa disciplinada deixou os brasileiros sem opções para avançar. SunPayus foi impecável com a AWP, barrando todas as tentativas de entrada nos bombsites, enquanto HeavyGod mostrou uma mira letal em posições-chave. A FURIA parecia desorganizada: Fallen não encontrou confiança com o sniper, e KSCERATO foi praticamente o único ponto positivo. O half terminou em 8:4 para a G2, e após a troca de lados, os europeus fecharam rapidamente o mapa — 13:5.
- Mirage (13:5, escolha da FURIA)
A escolha da FURIA deveria dar-lhes uma chance de reação, mas a G2 tinha outros planos. HuNter- e MATYS controlaram o meio, impedindo os brasileiros de ganhar ritmo, enquanto malbsMd garantiu trocas importantes. SunPayus brilhou novamente com a AWP, vencendo duelos cruciais. A FURIA parecia perdida: Yuurih e molodoy não tiveram impacto, e YEKINDAR perdeu quase todos os confrontos. O resultado foi outra vitória esmagadora — 13:5, selando um 2:0 tranquilo para a G2.
Estatísticas dos jogadores
Jogador da partida
Álvaro “SunPayus” García foi o verdadeiro herói da semifinal. Seus números falam por si:
- K-D: 35–16 (+19)
- ADR: 96,8
- Rating 3.0: 1,78
SunPayus neutralizou completamente a FURIA, tirando de Fallen qualquer chance de encontrar ritmo no duelo de AWP. Seu controle de mapa, precisão em situações de clutch e calma sob pressão fizeram dele não apenas o MVP da série, mas o arquiteto da vitória da G2.
Desempenho das equipes
Os brasileiros jogaram talvez sua pior partida do torneio. KSCERATO (22–30, rating 0,87) tentou carregar, mas faltou apoio. Yuurih (20–25, rating 0,83) e molodoy (20–32, rating 0,81) ficaram abaixo do esperado, enquanto Fallen (21–28, rating 0,77) perdeu completamente o duelo de AWPs. A maior decepção foi YEKINDAR (14–29, rating 0,65), que desmoronou em rounds cruciais. No geral, a FURIA parecia perdida e não conseguiu oferecer sequer uma resistência mínima.
Os europeus, por sua vez, jogaram como uma máquina bem ajustada. SunPayus (1,78) foi a estrela, mas seus companheiros também brilharam. HeavyGod (29–18, rating 1,47) trouxe agressividade e confiança, MATYS (33–19, rating 1,37) ancorou a defesa e venceu clutches, e huNter- (29–18, rating 1,33) ditou o ritmo no meio. Até malbsMd (18–26, rating 0,90), apesar das estatísticas modestas, fez o trabalho sujo que permitiu aos colegas brilharem.
Forma atual
A FURIA chegou ao confronto com uma sequência de três vitórias, tendo derrotado MOUZ, Spirit e Legacy. Mas derrotas anteriores para Liquid e BIG já indicavam problemas mais profundos. Esta semifinal confirmou que o time carece de estabilidade e coesão no mais alto nível.
A G2 Esports também vinha de uma sequência positiva, vencendo FaZe, Spirit e FlyQuest. As derrotas anteriores para MOUZ e Falcons serviram de lições, fortalecendo a equipe. Na semifinal, mostraram Counter-Strike de nível mundial, provando serem sérios candidatos ao título.
Confrontos anteriores
A rivalidade FURIA–G2 sempre foi movimentada. Na IEM Cologne 2025, os brasileiros conquistaram duas vitórias (16:14 na Inferno e 13:6 na Dust2), enquanto a G2 respondeu em Ancient e Dust2. Mas em Londres, a revanche foi brutal: a G2 não deu chance alguma aos adversários, vencendo ambos os mapas pelo mesmo placar — 13:5.
A G2 Esports avança para a grande final do BLAST Open London 2025 após demolir a FURIA por 2:0. Seu jogo combinou disciplina, agressividade e brilho individual. SunPayus foi a estrela indiscutível, mas toda a equipe mostrou estar pronta para o teste final.
Para a FURIA, esta derrota foi um lembrete doloroso: apesar do talento e do potencial, ainda lhes falta consistência e resiliência mental nas partidas decisivas sob alta pressão. Sua campanha termina na semifinal, enquanto a G2 se prepara para a batalha pelo troféu.
